Organizar a casa ou a cabeça? Às vezes, é a mesma coisa

 Tem dias em que a bagunça do armário é só o reflexo do que está aqui dentro.

 

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Na mente, os prazos, as dúvidas, os cansaços e aquela sensação de que tem sempre algo fora do lugar. Na pia, a louça empilhada de ontem. Na sala, os brinquedos espalhados como lembranças de uma vida em movimento.


E, de repente, organizar a casa parece urgente. Mas, no fundo, o que a gente quer mesmo, é se reorganizar por dentro.

É curioso como dobrar roupas pode trazer um certo tipo de paz. Como esvaziar uma gaveta pode aliviar não só o espaço, mas também o peito. Às vezes, limpar a cozinha é só limpar um pouco da culpa, da ansiedade, do barulho mental que a gente carrega. E isso não é sobre romantizar a faxina — longe disso. É só reconhecer que, para muitas de nós, a casa vira um espelho da mente. E vice-versa.

Tem dias em que tudo o que conseguimos fazer é varrer o chão. E tudo bem. Porque, no meio da correria, da maternidade, do trabalho, das exigências invisíveis, o autocuidado também pode estar em pequenas atitudes. Como colocar uma flor na mesa. Acender uma vela cheirosa. Passar um pano na alma enquanto dobra uma toalha.

E não, não é obrigação nossa manter tudo em ordem o tempo inteiro. Nem dentro, nem fora. Mas é libertador entender que quando a gente cuida do espaço ao redor com gentileza, também está se cuidando. E que permitir o caos — às vezes — também é uma forma de existir com verdade.

Se hoje a sua cabeça está cheia, talvez não seja sobre fazer tudo, mas sobre começar por um canto. E lembrar que cada coisa no seu lugar, inclusive você, é um ato de amor.

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